
Nem sempre colhemos o que plantamos, as vezes a Outra colhe no nosso lugar.
Ela plantou um jardim maravilhoso.
A Outra desejou o jardim pra si.
Enquanto Ela domia, a Outra furtou as flores, as rosas e tudo mais que embelezava o jardim.
Ela acordou.
Tudo que havia plantado estava murchando nas terras da Outra.
Ela plantou tudo de novo.
Ela plantou um jardim maravilhoso.
A Outra desejou o jardim pra si.
Enquanto Ela domia, a Outra furtou as flores, as rosas e tudo mais que embelezava o jardim.
Ela acordou.
Tudo que havia plantado estava murchando nas terras da Outra.
Ela plantou tudo de novo.
Novamente as flores cresceram, as rosas desabrocharam, os passaros voltaram.
A Outra furtou o novo jardim.
A Outra furtou o novo jardim.
A historia se repetiu, se repetiu, se repetiu ... ate o dia em que a Outra observou que Ela jogava algo no solo. Cobria com terra. Aguava. Aguardava.
A noite chegou.
A noite chegou.
A Outra ao inves de furtar o jardim, furtou o algo que Ela jogava no solo e fez tudo o que viu Ela fazer.
No devido tempo, o jardim da Outra se abriu.
No devido tempo, o jardim da Outra se abriu.
Alegria.
A Outra bailou ao ver chegar os primeiros passaros.
O que a Outra queria, era atrair os passaros.
Flores murchas, nao atraem passaros.
Ela, a grande mestra, observava tudo, nada falava, mesmo assim ensinava.
Sementes tem de sobra. Que sejam furtadas e plantadas. Desde furto a terra nao perde.
Flores murchas, nao atraem passaros.
Ela, a grande mestra, observava tudo, nada falava, mesmo assim ensinava.
Sementes tem de sobra. Que sejam furtadas e plantadas. Desde furto a terra nao perde.
Ganha.
Ganha um mundo mais florido.
Ganha um mundo mais florido.
Mais cheio de passaros.
Para ela e para a outra.
Adilma Nascimento